Governo Federal pede mais prazo para discutir os pleitos dos caminhoneiros
Após nova rodada de discussões, neste domingo (27), entre o governador Márcio França, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, secretários de Estado e representantes dos profissionais de transporte de cargas e combustíveis, ficou acordado que o Governo de São Paulo manterá as propostas pactuadas com o caminhoneiros e se coloca como interlocutor entre os trabalhadores e o Governo Federal, que promete uma nova resposta aos grevistas até a próxima quinta-feira (31). Entre as demandas estudadas pela equipe econômica federal, a isenção da cobrança do eixo suspenso para todo o País; garantia de que a redução de 10% no preço do diesel chegue às bombas nos postos de combustível e 60 dias sem reajuste no preço do diesel. De acordo com o ministro Carlos Marun, as demandas que tratam da isenção de pedágio para o eixo suspenso em todo o Brasil e o desconto de R$ 0,46 no litro do diesel na bomba, estão bem encaminhadas. Apenas o prazo de 60 dias para um novo reajuste ainda não foi aprovado, a proposta do Planalto é que a correção no preço seja feita mensalmente.
"Os caminhoneiros estão cumprindo o acordo, desmobilizando (as interdições). O Governo Federal também está tentando fazer sua parte, mas ainda não consegue atender a todas as demandas. Então, vamos intermediar outro prazo para a desmobilização do movimento para a zero hora de quinta-feira”, explicou o governador.
Na tarde deste sábado, o governador Márcio França já havia anunciado medidas importantes para a categoria. Tais como a suspensão da cobrança de tarifa do eixo suspenso em todas as praças de pedágio paulistas, a partir da zero hora da próxima quinta-feira (31), conforme novo acordo; a anulação das multas aplicadas aos caminhoneiros em razão das manifestações; a fiscalização – por meio do Procon/SP e dos órgãos policiais - da aplicação nas bombas do desconto no preço final do combustível, conforme fixado pelo Governo Federal; a participação de mais um representante do setor (profissionais autônomos) na Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e, por fim, a criação de um Grupo de Trabalho com o objetivo de fixar um preço diferenciado na cobrança do IPVA/2019 para profissionais autônomos do setor. "Não há retrocesso. O que foi pactuado com o Governo de São Paulo está mantido", concluiu Márcio França.
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