Estudo da Fundação Seade analisa atividade econômica paulista

 

A Fundação Seade divulga análise sobre o Produto Interno Bruto – PIB dos municípios paulistas no período de 2002 a 2014.

A metodologia utilizada para o cálculo do PIB – desenvolvida conjuntamente pelo IBGE e órgãos estaduais de estatística, entre os quais a Fundação Seade – consiste basicamente no rateio, entre os municípios, do Valor Adicionado das principais atividades econômicas contidas no PIB do Estado (inclusive impostos), por meio de indicadores pertinentes a cada uma delas, calculados com base em resultados de pesquisas econômicas e registros administrativos.

De acordo com o estudo, as seis regiões metropolitanas do Estado, em conjunto, reduziram sua participação no Valor Adicionado de 79,3% para 78,0%, no período analisado. Segundo setores de atividade, a contribuição dessas regiões diminuiu na indústria (de 77,9% para 72,2%) e nos serviços (de 81,4% para 80,1%) e aumentou na agropecuária estadual (de 23,1% para 26,5%).

No caso da indústria, os locais de instalação das empresas indicam a preferência pelos municípios fora das áreas metropolitanas: cresceram as participações das aglomerações urbanas de Jundiaí e Piracicaba (de 2,6% para 4,2% e de 4,1% para 5,4%, respectivamente) e dos outros municípios do Estado (de 15,3% para 18,3%) no Valor Adicionado industrial. Com exceção das Regiões Metropolitanas de Sorocaba e Ribeirão Preto, as demais reduziram sua importância no Valor Adicionado da indústria, com destaque para a RM de São Paulo, cuja representatividade passou de 46,7% para 42,0%, entre 2002 e 2014.

O setor de serviços também mostra relativa desconcentração da Região Metropolitana de São Paulo (61,0% para 58,4%), mas a favor das outras RMs, como as de Campinas (de 6,7% para 7,6%) e Sorocaba (de 2,8% para 3,4%).

A capital paulista, embora tenha perdido participação em relação a 2002, permanece no topo da lista dos principais municípios em tamanho do PIB, com pouco mais de 1/3 do que foi produzido no Estado em 2014.

Osasco teve forte avanço e passou da 6ª para a 2ª colocação (de 2,4% para 3,2%), se beneficiando de ser município com alto grau de concentração das atividades de intermediação financeira. Com a crise do setor automobilístico, São Bernardo do Campo e São José dos Campos perderam posições, situando-se, em 2014, respectivamente, em 5º e 9º lugares, quando em 2002 estavam em 2º e 4º.

Campinas, apesar de ter aumentado sua participação (de 2,8% para 3,1%), permaneceu na 3ª posição. Jundiaí aumentou sua representatividade (de 1,4% para 2,0%) e passou da 10ª para a 7ª posição no ranking estadual. De outro lado, Diadema e Mauá saíram da lista das 20 maiores participações no PIB estadual, cedendo posição para Mogi das Cruzes e Bauru.

Na Região Metropolitana de São Paulo, as mudanças na estrutura produtiva, decorrentes da queda de participação da indústria e da evolução do setor de serviços, tiveram reflexos importantes no peso econômico dos municípios e reposicionaram a ordem de relevância de suas sub-regiões. A sub-região Oeste, fortemente identificada com as atividades terciárias e composta pelos municípios de Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, ampliou sua participação no PIB metropolitano de 9,7%, em 2002, para 12,7%, em 2014 – todos os municípios registraram crescimento.

Já a sub-região Sudoeste da RMSP, identificada com a indústria e formada pelos municípios de Diadema, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, reduziu sua participação de 13,4% para 11,8%. Com exceção de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, nos demais municípios houve queda de representatividade no PIB estadual.

Em termos gerais, registra-se pequeno decréscimo na concentração do PIB estadual, pois os 20 municípios com maior participação em 2002 detinham 66,2% do PIB, enquanto em 2014 ficaram com 64,0%.

Consulte aqui a íntegra da pesquisa.

 

Comunicação Fundação Seade

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