Estudo analisa onde residem e como se inserem os trabalhadores na RSMP

Para celebrar as três décadas de realização da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo – PED-RMSP, a Fundação Seade apresenta uma série de pequenos estudos com o objetivo de demonstrar tendências e mudanças de inserção no mercado de trabalho de segmentos específicos da população. Com tal propósito, o sexto desses estudos aborda a evolução da ocupação, desemprego, posição na ocupação, setor de atividade e rendimentos, por áreas geográficas da RMSP.

De acordo com o estudo, as diferenças de intensidade do crescimento da População Economicamente Ativa – PEA, na RMSP, nos últimos 30 anos, resultaram na perda de participação do município de São Paulo para as demais cidades, assim como das zonas centrais da capital para as mais periféricas. Seguindo o movimento da PEA e a relativa desconcentração das atividades do município de São Paulo, ampliou-se com mais intensidade a ocupação entre os moradores dos demais municípios da RMSP. Na capital também reduziu-se a proporção de ocupados entre os moradores das zonas centrais em favor das mais periféricas.

No município de São Paulo, as zonas Leste 1 e 2 possuem elevada proporção de moradores ocupados na indústria de transformação e no comércio, enquanto nas zonas Oeste e Centro observa-se maior ocupação nos serviços. Ainda na capital, chama atenção a zona Sul 2 (Campo Limpo, Grajaú), onde estão as maiores proporções de moradores ocupados na construção e nos serviços domésticos.

Nos demais municípios da RMSP, as sub-regiões Sudeste (ABC) e Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes) detêm as maiores concentrações de moradores trabalhando na indústria de transformação, enquanto as sub-regiões Sudoeste (Cotia, Itapecerica) e Oeste (Barueri, Osasco) registram maior proporção de ocupados nos serviços.

Entre 2000 e 2014, melhoraram as formas de inserção no mercado de trabalho em todas as regiões. No município de São Paulo, em 2014, os ocupados que residiam na zona Leste 2 (Itaquera, São Mateus) apresentavam os maiores porcentuais de assalariados (73,7%) e de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (58,0%), proporções que eram 61,7% e 38,0%, respectivamente, em 2000. Ao se observarem os postos de trabalho com menor grau de proteção da legislação trabalhista e previdenciária, destacam-se, na capital, as zonas Norte 1 e Sul 1 com maior proporção de assalariados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,9% e 10,1%, respectivamente).

Na distribuição de ocupados nos demais municípios da RMSP, em 2014, destaca-se a concentração de assalariados com carteira de trabalho assinada no setor privado entre os residentes nas sub-regiões Sudeste (ABC) (57,8%), Oeste (56,9%) e Leste (54,7%), proporções que em 2000 correspondiam, respectivamente, a 44,1%, 41,8% e 39,4%.

Nesses 30 anos da pesquisa, os maiores rendimentos médios dos ocupados na RMSP permaneceram com os moradores das mesmas zonas do município de São Paulo: em 2014, seu valor equivalia a R$ 4.236 na zona Oeste, R$ 3.822 no Centro e R$ 3.082 na Sul 1. Já nos demais municípios da RMSP, exceto a capital, o maior rendimento médio em 2014 ficou com os moradores da sub-região Sudeste (ABC) (R$ 2.163), seguida pela Oeste (R$ 1.655) e a Leste (R$ 1.584).

 

Assessoria de Comunicação da Fundação Seade

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