Número de idosos vai dobrar em São Paulo nos próximos 20 anos

O envelhecimento é um processo progressivo na capital, passando de 6 idosos para cada 10 jovens, em 2010, a 12 idosos para cada 10 jovens em 2030, chegando a 21 idosos para cada 10 jovens, em 2050. Os distritos mais envelhecidos localizam-se no centro e no centro expandido de São Paulo e as condições propícias para o decréscimo populacional estão mais presentes nessas áreas.  As projeções são da Fundação Seade, em um trabalho em comemoração aos 461 anos da capital paulista.

O processo de transição demográfica da população do Estado e do município de São Paulo, que contemplou acentuada queda da fecundidade para níveis inferiores ao da reposição e aumento progressivo da sobrevivência nas idades avançadas, provocou rápido processo de envelhecimento populacional associado, também, a rápido declínio no ritmo de crescimento da população. Esse fenômeno vem atingindo, com intensidades e temporalidades distintas, praticamente todos os Estados e municípios brasileiros, assim como a maioria dos países.

A interação entre a tendência de redução do crescimento vegetativo da população (nascimentos menos mortes) e a tendência histórica de decréscimo do saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) vem provocando a diminuição da taxa de crescimento populacional da capital paulista, com importantes reflexos na distribuição da população em seus distritos.

As projeções realizadas pela Fundação Seade revelam que o contingente de pessoas residindo no município de São Paulo deverá reduzir-se no período 2045-2050, principalmente devido à participação do saldo entre nascimentos e óbitos que será negativo, ou seja, ocorrerão mais óbitos do que nascimentos na capital em meados do século XXI.

Este fenômeno poderá ser observado em alguns de seus distritos já no final dos anos 2010 e atingirá um terço deles no final da década de 2030, com decisiva influência no ritmo de crescimento populacional futuro.  

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Fonte: Fundação Seade

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