Pesquisa do Seade analisa o perfil das exportações paulistas

Estudo da Fundação Seade publicado no boletim Primeira Análise nº 10 analisa o perfil das exportações das regiões do Estado de São Paulo. Foram abordadas as características da pauta de exportações, tais como principais produtos, fator agregado, intensidade tecnológica e preço por quilo, bem como países de destino. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para os anos de 1999 e 2012.

O total exportado pelo Estado passou de US$ 18,4 bilhões, em 1999, para US$ 65,2 bilhões em 2012. Isso representa um crescimento nominal de 253,7% no período, o que equivale a 158,0% em termos reais, já descontada a inflação em dólar de 37,1%. Assim como em relação à importância das exportações no PIB, a expansão não ocorreu de forma igualitária entre as regiões. Aquelas que têm commodities como produtos relevantes, tais como carne bovina e, principalmente, açúcar, tiveram aumento acumulado acima do total do Estado. São José do Rio Preto, Araçatuba e Ribeirão Preto foram as regiões com os maiores incrementos.

No período 1999-2012, apenas quatro regiões cresceram abaixo da média estadual: Central, Campinas, São José dos Campos e Região Metropolitana de São Paulo, as quais, em 1999, estavam entre as cinco com maiores participações na pauta de exportações do Estado.

O resultado desse processo foi uma relativa desconcentração regional das exportações paulistas: as três maiores regiões exportadoras (RM de São Paulo, RA de Campinas e RA de São José dos Campos), que em 1999 respondiam por 76,8% do total estadual, passaram a representar 64,2% das exportações do Estado, em 2012. A RA de Santos foi a que mais ganhou neste processo, passando de 6,0% para 11,2%, no período.

A maioria das regiões tem seus três principais produtos ligados ao agronegócio. São exemplos disto o açúcar, a carne bovina e o suco de laranja. O agronegócio da cana-de-açúcar, além de importante para a balança comercial, também possui muito peso para a economia local. Nenhuma outra indústria é tão espraiada, pois percebe-se que derivados industriais de cana constituem o principal produto exportado de 60 municípios.

Os três principais mercados para os produtos do Estado (Estados Unidos, Argentina e China) aparecem como destino da maioria das regiões.

Pelo estudo, observa-se desconcentração das exportações no Estado, dado que os dez principais municípios exportadores perderam 4,5 pontos porcentuais entre 1999 e 2012. Em que pese o fato de São Paulo e São José dos Campos serem os principais exportadores, ambos perderam participação entre os dois levantamentos (4,1 pontos porcentuais, cada um). Santos foi, entre os principais, o que mais ganhou (4,2 pontos porcentuais).

Os produtos de baixa tecnologia incorporada, aqui composta por produtos básicos e industrializados de mais baixa tecnologia, em 1999, somavam 47,8% do valor da pauta e, em 2012, passaram a representar 52,5%. Ainda assim, os produtos de mais alta tecnologia continuam bastante relevantes para o total do Estado e para algumas regiões em particular, principalmente as de São José dos Campos, Campinas e Sorocaba.

 

Assessoria de Comunicação da Fundação Seade

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