Estado e Município compartilham experiências sobre a Copa das Confederações

Cerca de 80 representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo reuniram-se nesta terça-feira (30/7), na capital paulista, para debater as visitas de observação realizadas durante a Copa das Confederações da FIFA (FCC). O secretário de Estado de Planejamento e coordenador do Comitê Paulista, Julio Semeghini, e a vice-prefeita de São Paulo e coordenadora da SPCopa, Nádia Campeão, abriram a reunião.

Os coordenadores destacaram o trabalho integrado entre as equipes do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo na preparação para a Copa do Mundo de 2014. “Somos um só time, e o Governo do Estado está investindo na infraestrutura de São Paulo e qualificando os profissionais”, disse Semeghini.  O próximo alvo desta parceria deve ser a capacitação profissional, um dos principais legados que a Copa do Mundo irá deixar, segundo o coordenador do Comitê Paulista. Para Nádia, a participação de observadores na Copa das Confederações ajuda São Paulo a aprimorar seus planos operacionais para o Mundial. “Precisamos de um comando unificado, respeitando o protagonismo de um ou de outro em cada área. O que vimos de mais relevante no evento-teste foi justamente a necessidade de planejar e executar as ações em conjunto”, analisou a vice-prefeita.

As principais experiências discutidas foram nas áreas de mobilidade urbana, segurança pública e visão do espectador nas seis sedes da FCC.  Em relação à experiência do torcedor, mereceu destaque a importância de os meios de transporte e estações estarem bem sinalizados, inclusive com avisos sonoros. Neste aspecto, o Rio de Janeiro foi a sede mais elogiada. Os debatedores sugeriram ações informativas sobre o evento de 2014 voltadas para taxistas, receptivo dos hotéis e centros de informação turística. A oferta de guias do torcedor em outros idiomas e atenção às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida também garantem um melhor atendimento ao público. Houve casos de falhas nos elevadores de acesso ao estádio e às estações de metrô.

O principal meio de transporte utilizado pelas sedes foi o ônibus. A operação de transporte que guarda mais semelhanças com São Paulo é a do Rio de Janeiro, que possui estações de metrô próximas ao estádio. A diferença, porém, é que o Maracanã está em uma região mais central da cidade, segundo o gerente de planejamento da Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), Ivan Regina.

O Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) foi um modelo que recebeu elogios tanto do ponto de vista da mobilidade quanto da segurança. De acordo com Tadeu Leite, diretor de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o CICCR de Belo Horizonte tinha 40 posições, reunindo órgãos como BHTrans, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Bombeiros, Defesa Civil, Infraero e Abin, além de 25 posições de apoio e 23 posições de crise, com possibilidade de realizar videoconferência. Os protocolos de ação foram pré-definidos, e as ações contingenciais eram registradas num relatório web compartilhado.

O CICCR monitorava todas as rotas protocolares, áreas de interesse e públicos-alvo, de acordo com o Tenente Coronel Walter Fernandes. São Paulo terá um CICCR em 2014, em um espaço disponibilizado pelo governo estadual no centro da capital.

 

Ocorrências

Brasília e Belo Horizonte registraram poucas ocorrências de crimes, segundo a delegada Fernanda Herbella, que visitou as duas sedes. A mais frequente delas foi roubo de ingressos. Também sobre segurança, Edner Bastos, assessor do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança da Cidade de São Paulo, relatou uma ação simples que pode fazer a diferença: o uso de lixeiras transparentes nos estádios e nos pontos de exibições públicas.

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