Estudo da Fundação Seade analisa vulnerabilidade social na Região Metropolitana de São Paulo

Estudo da Fundação Seade analisa a vulnerabilidade social na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP com base no Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS de 2010, elaborado com os dados do censo do IBGE.

Segundo o IPVS, em 2010, do total de 40,6 milhões de habitantes do Estado de São Paulo, mais de 6,7 milhões de pessoas viviam em áreas predominantemente habitadas por famílias identificadas nos grupos de alta ou muito alta vulnerabilidade, tanto no meio rural como no urbano.

A RMSP possuía, em 2010, 19,5 milhões de habitantes, o que corresponde a 48% do total da população do Estado. A distribuição dos residentes em domicílios particulares, segundo grupos do IPVS da RMSP, revela que aproximadamente 1,7 milhão de pessoas estavam no Grupo 1, de baixíssima vulnerabilidade (8,8% do total), 7 milhões no Grupo 2, de vulnerabilidade muito baixa (36,2%), 3,6 milhões no Grupo 3, de vulnerabilidade baixa (18,9%), 3 milhões no Grupo 4, de vulnerabilidade média (15,9%), 2,4 milhões no Grupo 5, de alta vulnerabilidade urbana (12,6%), 1,4 milhões no Grupo 6, de vulnerabilidade muito alta, vivendo em aglomerados subnormais (7,4%) e 43,9 mil pessoas no Grupo 7, de alta vulnerabilidade rural, representando 0,2% do conjunto de habitantes. 

Portanto, observa-se que, embora a maioria da população da RMSP (12,3 milhões de indivíduos ou 63,9% do total) esteja mais afastada dos riscos relacionados à vulnerabilidade social, ainda há uma parcela muito expressiva de pessoas que enfrentam condições sociais difíceis, pois o contingente daqueles que vivem nas áreas com vulnerabilidade mais alta na RMSP, os Grupos 5 e 6 do IPVS, corresponde a 20% do total da sua população, o que equivale a quase 4 milhões de pessoas.

Quanto à distribuição geográfica dos grupos do IPVS, percebe-se que há grande fator de concentração de riqueza na porção sudoeste da cidade de São Paulo, onde se dispõem os grupos com menor vulnerabilidade, notadamente o Grupo 1. Em termos de extensão, os distritos de Alto de Pinheiros, Perdizes, Consolação, Jardim Paulista, Vila Mariana, Moema, Pinheiros, Morumbi e Santo Amaro são habitados quase exclusivamente por famílias deste grupo.

Em menor medida, ou com maior heterogeneidade, também fazem parte dessa mesma mancha distritos como os da Lapa, Barra Funda, Santa Cecília, República, Bela Vista, Liberdade, Saúde, Campo Belo, Itaim Bibi, Vila Andrade e Butantã.

Ao redor dessa mancha, encontram-se principalmente os Grupos 2 e 3, de muito baixa e baixa vulnerabilidade. Esses grupos, além de concentrarem a maior parte da população, também são os que ocupam a maior área do município, tendendo a se espalhar de regiões centrais até as periferias. Circundando as zonas de baixíssima vulnerabilidade na porção central do município de São Paulo, os Grupos 2 e 3 são majoritários em toda a Zona Norte e Zona Oeste da cidade e predominam ainda em grande porções da Zona Leste, até os distritos de São Mateus, Parque do Carmo, Itaquera e Vila Jacuí, e da Zona Sul, até Jardim São Luiz e Cidade Dutra.

No conjunto da RMSP, os Grupos 2 e 3 aparecem de forma marcante no chamado ABC (ocupando praticamente todo município de São Caetano do Sul), em Mogi das Cruzes (embora o município possua grandes áreas do Grupo 7, rural), em Guararema, Mairiporã (também com grande presença do Grupo 7), Osasco, Embu das Artes, Taboão da Serra, Santana de Parnaíba (todavia com grande presença do Grupo 5 neste município) e Vargem Grande Paulista.

Obs.: Não há dados para as demais regiões e municípios do Estado.

Assessoria de Comunicação da Fundação Seade

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