As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego [PED], realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese na Região Metropolitana de São Paulo [RMSP], mostram que a taxa de desemprego total permaneceu estável em 13,6%, entre janeiro e fevereiro, em movimento atípico para o período, quando normalmente cresce. Esta é a menor taxa para fevereiro desde 1996. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 9,3% para 9,1% e a de desemprego oculto variou de 4,3% para 4,5%.
O contingente de desempregados foi estimado em 1.404 mil pessoas, praticamente o mesmo do mês anterior, resultado da criação de 10 mil ocupações, número semelhante ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho [12 mil].
Em fevereiro, o nível de ocupação na RMSP permaneceu relativamente estável [0,1%], em comportamento não esperado para este mês, quando geralmente verifica-se redução desse indicador. O contingente de ocupados foi estimado em 8.920 mil pessoas, 10 mil a mais do que em janeiro. Esse resultado deveu-se ao aumento no Comércio [2,0%, com desempenho positivo pelo quarto mês consecutivo] e à pequena variação positiva nos Serviços [0,3%], que praticamente compensaram a diminuição no agregado Outros Setores [2,8%] e a variação negativa na Indústria [0,4%].
Entre dezembro de 2007 e janeiro de 2008, o rendimento médio real dos ocupados ficou relativamente estável [-0,3%] e o dos assalariados apresentou pequena redução [0,6%], passando a corresponder a R$ 1.143 e R$ 1.195, respectivamente.
No conjunto das seis regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada, o contingente de desempregados foi estimado, em fevereiro, em 2.853 mil pessoas, 50 mil a mais do que no mês anterior. A taxa de desemprego total elevou-se de 14,2%, em janeiro, para 14,5%, em fevereiro. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto [9,6%] não variou e a de desemprego oculto aumentou de 4,6% para 4,9%.
O acréscimo da taxa de desemprego total expressou comportamentos diferenciados entre as regiões: crescimento em Salvador, Distrito Federal, Recife e Belo Horizonte; e relativa estabilidade em Porto Alegre e São Paulo.
Leia mais sobre a pesquisa no site da Fundação Seade: http://www.seade.gov.br.
Fonte: Seade