A Fundação Seade divulga em coletiva de imprensa no próximo dia 9 de maio, às 9h45, a comparação dos resultados dos anos de 2000 e 2005 do Índice de Vulnerabilidade Juvenil[ IVJ]. O encontro será na Av. Cásper Líbero, 464, 13° andar, próximo à Estação da Luz.
A construção do índice levou em consideração três itens: deficiências educacionais, mortes por homicídio e maternidade na adolescência. Além disso, os 96 distritos da Capital foram agrupados em quatro áreas, segundo o grau de vulnerabilidade de sua população à pobreza: área pobre, área de classe média baixa, área de classe média e área rica.
A pesquisa revelou que entre os dois períodos, a vulnerabilidade juvenil reduziu-se nos quatro tipos de áreas que compõem a capital paulista. A área com predominância de população pobre foi a que apresentou a maior redução na vulnerabilidade. As áreas de classe média e rica também melhoraram seu índice, mas o ritmo de queda foi menor. Mesmo assim, o índice das áreas pobres [pobre e classe média baixa] ainda supera em duas vezes e meia o das localidades ricas [ classe média e rica].
Os resultados revelam ainda que os riscos sociais dos jovens das áreas mais pobres permanecem elevados. Em 2005, nas áreas mais pobres, os jovens de 15 a 19 anos morreram por homicídio três vezes mais que nos distritos mais ricos.
Em relação às áreas ricas, o dobro das jovens de 14 a 17 anos das áreas pobres tiveram filhos.
Embora o acesso ao ensino médio tenha avançado muito, diferenças ainda persistem. Por exemplo, nas áreas ricas, 3/4 dos jovens freqüentavam o ensino médio. Já nas regiões mais desfavorecidas, essa proporção é de 2/3. No caso da evasão escolar, nas áreas pobres há o dobro de jovens fora da escola do que nas áreas ricas.
Esses resultados sugerem que as políticas sociais têm apresentado melhoras sensíveis nas condições dos jovens residentes nas áreas mais pobres da cidade, mas esses jovens ainda apresentam situações muito mais desfavoráveis do que aqueles moradores das áreas mais centrais.
Estarão presentes na coletiva, a diretora executiva da Fundação Seade Felícia Madeira e técnicos da instituição.
Obs.: Não há dados disponíveis para os demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo e do interior.