A população feminina do Estado de São Paulo em 2008, estimada em 21,2 milhões, representa pouco mais da metade da população total [51,1%]. Em praticamente todas as regiões administrativas paulistas as mulheres são maioria, registrando-se as maiores proporções nas Regiões Metropolitanas de São Paulo [51,7%] e da Baixada Santista [51,6%]. No Município de São Paulo, tal proporção alcança 52,4%, o que significa que, para cada cem homens, existem dez mulheres a mais. Somente na Região Administrativa de Registro os homens superam numericamente as mulheres, que representam 49,3% da população regional.
Entretanto, esse "excesso numérico" de mulheres não ocorre em todas as idades. Ao nascer, há mais meninos do que meninas ¿ na razão de 105 meninos para cada cem meninas ¿, mas a sobrevivência delas é ligeiramente maior ao final do primeiro ano de vida. Ainda assim, os meninos são mais numerosos do que as meninas até a adolescência. A partir de então, a mortalidade masculina torna-se, gradativamente, superior à feminina, principalmente devido à maior incidência de causas externas entre os homens. Como conseqüência, o número de mulheres tende a superar o de homens a partir dos 20 anos de idade, sobretudo nas grandes cidades e metrópoles. Nas demais regiões, os homens são mais numerosos até aproximadamente as idades de 30 a 35 anos e, a partir dos 60 anos de idade, a predominância feminina é muito grande: 57% da população do Estado e 60% do município de São Paulo.
Com a diminuição da fecundidade e o processo de envelhecimento da população, as idosas têm respondido por um contingente numericamente crescente. Estimativas para 2008 indicam que, no Estado de São Paulo, há 4,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 10,3% da população total. As idosas correspondem a 11,4% da população feminina e os idosos a 9,1% da masculina, o que equivale a um volume de 2,4 milhões de mulheres e 1,9 milhão de homens nessa faixa etária.
Em 1991, a população com mais de 60 anos equivalia a 2,4 milhões de pessoas e representava 7,7% da população total, com uma participação de 8,4% na população feminina e 7,0% na masculina. Em 2000, esse número passou a 3,3 milhões, respondendo por 9% da população total. A expectativa é de que, em 2020, a população com 60 anos ou mais atinja 6,9 milhões de pessoas, ou 14,7% da população paulista. As mulheres idosas, naquele ano, deverão representar 16,3% do total da população feminina.
Mudanças importantes também têm sido observadas no grupo de mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 49 anos. A fecundidade das mulheres paulistas situa-se, atualmente, em 1,7 filho por mulher. Até atingir esse patamar, passou de 3,4 filhos por mulher, em 1980, para 2,4, em 1990, e 2,2, em 2000.
As principais alterações observadas na fecundidade da mulher paulista, no último qüinqüênio, são: redução gradativa da fecundidade das jovens com menos de 20 anos; e ligeiro aumento da fecundidade das mulheres com mais de 30 anos. Assim, a contribuição da fecundidade das primeiras na fecundidade total é de aproximadamente 17%, em 2006. As mulheres de 20 a 29 anos contribuem com praticamente a metade da fecundidade total, após gradativa redução nas décadas passadas. O grupo de 30 a 39 anos aumentou sua participação, passando de 24%, em 1990, para 30%, em 2006.
Tais alterações refletem-se no cálculo da idade média da fecundidade, cuja tendência entre 1980 e 2006 é descontínua: diminuiu entre 1980 [27,7 anos] e 2000 [26,4 anos] e aumentou nos anos seguintes, até atingir 27 anos em 2006.
Fonte: Fundação Seade