Com propostas de deságios para o pedágio que chegaram a 60%, o Governo do Estado promoveu na quarta-feira, 29, leilões da 2ª etapa do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, que incluiu os corredores Raposo Tavares, Marechal Rondon Oeste e Leste, Ayrton Senna/Carvalho Pinto e Dom Pedro I, num total de 1.715 quilômetros.
O governador José Serra considera uma significativa vitória o resultado da licitação dos cinco corredores viários. De acordo com Serra, "num contexto de incerteza econômica como esse, é muito importante o resultado deste leilão". O governador citou como indispensáveis os apoios do BNDES, Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID], Nossa Caixa e Corporação Andina de Fomento. Também participaram, com financiamentos parciais, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e fundos Funcef, Previ e Petros.
Com investimentos previstos de R$ 8 bilhões, as concessões vão possibilitar a duplicação de 369 quilômetros de vias, construção de 83 passarelas, 290 trevos e 564 quilômetros de faixas adicionais e acostamentos. Entre as obras, estão o prolongamento do Anel Viário de Campinas, entre a rodovia Anhanguera e o aeroporto de Viracopos, orçada em R$ 161 milhões, e a duplicação de 51,3 quilômetros da Rodovia do Açúcar no trecho entre Salto e Piracicaba, orçada em R$ 192,7 milhões, além do contorno de Piracicaba, que deverá ser construído com aplicação de R$ 54,8 milhões.
Os vencedores também serão responsáveis por 916 quilômetros de rodovias vicinais que não terão cobrança de pedágio. Nos corredores licitados, haverá cobrança de pedágio, depois de cumpridas exigências como recuperação de pavimento, sinalização e instalação de equipamentos de monitoração e serviços ao usuário. Onde já há praças de pedágio em funcionamento, a cobrança pela nova concessionária será permitida no dia seguinte à assinatura do contrato. As concessionárias passarão agora pelo processo de qualificação, quando serão analisados vários pontos como, por exemplo, execução de projeto, plano de negócios, aspectos jurídicos, técnicos, fiscais e econômico-financeiros.
O consórcio Invepar - OAS foi o vencedor da licitação da rodovia Raposo Tavares. O consórcio propôs o valor de R$ 0,090525 por quilômetro, o que representa um deságio de 24,78% sobre a tarifa quilométrica atual das rodovias concedidas no Estado de São Paulo. A proposta do consórcio é 16,11% menor do que o máximo estipulado no edital, que não sofreu o reajuste anual. Com deságio de 46,7% sobre a atual tarifa o Consórcio BR Vias SP foi o vencedor do leilão do trecho Oeste da Rodovia Marechal Rondon. O valor proposto pelo consórcio, R$ 0,064099 por quilômetro da rodovia, representa 40,59% sobre o valor máximo do edital.
O corredor Marechal Rondon Leste ficou com o Consórcio Brasinfra, formado pelas empresas Cibe Rodovias, Ascendi e Leão&Leão, ao oferecer 22,08% [R$ 0,093774] de deságio em relação à atual tarifa quilométrica das rodovias. O deságio comparado ao valor máximo do edital é de 13,09%. O Consórcio Triunfo Participações e Investimentos ¿ TPI, que ofereceu um deságio de 59,6% [R$ 0,048560 por quilômetro], foi vencedor do leilão para concessão do corredor rodoviário Ayrton Senna/Carvalho Pinto. O Consórcio Integração Dom Pedro I, formado pelas empresas Odebrecht Investimentos e Infra-estrutura e Odebrecht Serviço de Engenharia e Construção obteve a concessão do corredor Dom Pedro I. O valor proposto foi de R$ 0,101414 por quilômetro, com deságio de 15,73% sobre a atual tarifa. O deságio comparado ao valor máximo do edital é de 6,01%.
Fonte: Secom