Serra lança Escola de Circo no Parque Belém
O governador José Serra lançou nesta sexta-feira, 13, a Escola de Circo do Estado de São Paulo, que vai oferecer atividades de iniciação e de formação aprofundada nas artes do circo, em um espaço adequado para receber grandes espetáculos.

Prevista para ocupar uma área de mais de 11 mil m2 no Parque Estadual do Belém, bairro do Tatuapé, zona leste da capital, a Escola nasce com a missão de estimular o surgimento de novos profissionais das artes do circo no Brasil e difundir criações atuais. "Estamos oferecendo o maior espaço de cultura e lazer da zona leste da capital", disse o governador José Serra. A Escola de Circo do Estado de São Paulo, que integra o programa Fábricas de Cultura, da Secretaria da Cultura, irá oferecer cursos de formação para iniciantes e profissionais da área, além do ensino de técnicas circenses que estão desaparecendo no Brasil.

A Escola de Circo terá como foco não somente a formação técnica, mas também a concepção, direção e gestão do espetáculo. Também será um espaço com uma programação regular de apresentações, nos moldes de instituições francesas como a Academia Anne Fratellini e o Centro Nacional de Artes do Circo de Châlons-en-Champagne [CNAC]. "Essa escola dará um impulso enorme à atividade de circo no Estado de São Paulo. Falo dos profissionais e, naturalmente, do público que tanto gosta dessa modalidade cênica", afirmou o governador.

Com início das obras previsto para março de 2010 e entrega em julho de 2010, a Escola terá seu projeto executivo desenvolvido em uma parceria do escritório francês Construire com o paulista Triptyque. "Vai ser uma casa de espetáculo com 1.200 lugares, ar-condicionado e 48 metros de altura", disse o secretário da Cultura, João Sayad.

O projeto arquitetônico prevê o máximo de conforto visual para o público, além de oferecer grande flexibilidade para apresentações: a estrutura de arquibancada móvel permite montagens tanto no formato de picadeiro como de palco.

O Estado de São Paulo investirá cerca de R$ 5 milhões para a execução do projeto - resultado de uma parceria da Secretaria da Cultura com os Ministérios das Relações Exteriores e da Cultura e Comunicação da França. Esta é mais uma das ações do Ano da França no Brasil.

Parque Estadual do Belém

Em menos de um ano, a zona leste de São Paulo ganhará um espaço inédito de lazer e cultura: o Parque Estadual do Belém. A Secretaria de Economia e Planejamento, responsável pelo projeto, recebeu, em 29 de outubro, as propostas das empresas interessadas em conduzir as obras de implementação do parque.

Em uma área de 210 mil m2 onde estava localizada a antiga Febem do Tatuapé, o Governo do Estado prevê a implantação de diversos equipamentos no local, como: a sede do programa Fábricas de Cultura, um Café Concerto e um centro de memória da Fundação Casa. "É importante ressaltar que a Escola de Circo será uma parte do Parque do Belém. Teremos também um grande área verde, quadras poliesportivas, pista de Cooper, ciclovia, playground, além de uma Etec que começa a funcionar em março de 2010 e a sede do pograma Fábricas de Cultura", disse o secretário de Economia e Planejamento, Francisco Vidal Luna. A obra está orçada em R$ 39,765 milhões.

No Fábricas de Cultura serão oferecidos cursos gratuitos de dança, teatro e música e o Café Concerto será a sede de espetáculos e shows. Na área do Parque serão construídas outras duas instalações do Estado: a Escola de Circo e uma Etec com 990 vagas nos cursos de Administração, Informática, Informática para Internet, Logística, Meio Ambiente, Nutrição e Dietética, Química e Segurança do Trabalho a partir do segundo semestre de 2010.

Fábricas de Cultura

O Programa Fábricas de Cultura desenvolve atividades artístico-culturais com crianças e jovens, entre 7 e 19 anos, moradores de nove distritos da cidade de São Paulo com baixos indicadores sociais de acordo com pesquisa realizada pelo Seade. São eles: Cidade Tiradentes, Itaim Paulista, Sapopemba e Vila Curuçá [zona leste]; Brasilândia, Cachoeirinha e Jaçanã [zona norte]; Capão Redondo e Jardim São Luís [zona sul]. Até o final de 2010, serão inaugurados os nove centros culturais, que já estão em construção.

Esses Centros terão diversos espaços de múltiplo uso e salas específicas para teatro, dança, música e circo; sala de audiovisual; ateliê de artes plásticas; oficina de cenografia e figurinos; biblioteca e um amplo teatro totalmente equipado.

Enquanto os Centros não ficam prontos, as atividades de formação do Programa Fábricas de Cultura são realizadas por meio do Projeto Espetáculo. Ao longo de um ano, são realizadas vivências, oficinas e ensaios e atividades de sociabilidade e ampliação do repertório cultural. Esse processo se completa com a criação de um espetáculo que tem a participação de cerca de 120 jovens, com idade entre 14 e 19 anos, em cada distrito. As montagens deste ano têm como tema a obra de Villa-Lobos.

Implantado pela Secretaria da Cultura de São Paulo e co-financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID], o Programa Fábricas de Cultura também conta com o apoio de ONGs locais e de Centros Educacionais Unificados [CEUs].

Da Secretaria da Cultura

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