Copa de 2014: São Paulo investirá R$ 33 bilhões em infraestrutura
O governador José Serra participou neste domingo, 31, do pronunciamento que celebrou a indicação de São Paulo como uma das 12 cidades brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo em 2014 - 17 capitais disputaram. A capital paulista receberá o evento ao lado de Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. O anúncio oficial foi feito minutos antes pela FIFA [Federação Internacional de Futebol] em Nassau, Bahamas.

O Governo de São Paulo investe pesado em obras de infraestrutura que servirão de apoio para a realização do torneio, na cidade de São Paulo. Neste sentido, prioriza obras estruturais importantes para enfrentar o maior desafio da metrópole: a mobilidade urbana.

"O Governo do Estado está fazendo sua parte. Toda estrutura viária da região metropolitana e capital já está em andamento. Nós temos até 2014 previstos cerca de R$ 33 bilhões de investimentos, inclusive na linha 4-Amarela do Metrô, que vai passar a 1,2 mil metros do estádio do Morumbi. Temos também o Rodoanel e a expansão de todo o sistema metroviário e de trens urbanos da CPTM em toda a Grande São Paulo, com acesso para todos os lados, inclusive para os aeroportos", afirmou José Serra.

Uma das principais ações do governo paulista é o Plano de Expansão do Transporte Metropolitano. Somente até 2010, o governo investirá R$ 20 bilhões no Metrô, CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] e EMTU [Empresa Metropolitana de Transporte Urbano], garantindo o acesso aos jogos do torneio por meio de uma rede de transportes coletivo eficiente.

Com esses recursos, a rede sobre trilhos com qualidade de metrô passará dos atuais 61,3 quilômetros para 240 quilômetros. Umas das mais importantes linhas para o acesso aos jogos da Copa será a 4-Amarela, que ligará o bairro da Luz à Vila Sônia, na zona Oeste, passando pela região do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi, possível palco do torneio.

Com extensão de 12,8 quilômetros e 11 estações, a linha será implantada em duas etapas: a primeira prevê a construção e inauguração de seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz; estrutura das estações intermediárias Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie; construção e inauguração do pátio de manutenção Vila Sônia.

Na segunda, serão entregues as estações intermediárias: Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie; construção e inauguração de duas estações: São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Haverá integração com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha nas estações Luz, Paulista, e República, respectivamente.

A Estação Morumbi, a pouco mais de mil metros do Estádio que leva o mesmo nome da estação, tem inauguração prevista para maio de 2012. Pronta, terá capacidade para receber até 70 mil pessoas por hora. A previsão do Governo do Estado de São Paulo é de que até 2012, a capital tenha aproximadamente 400 quilômetros de transporte de massa de qualidade. Além da expansão dos trilhos, o Governo do Estado investe na modernização da sua frota de trens.

Acessos

O acesso ao aeroporto André Franco Montoro, um dos pontos que terão maior movimento durante a Copa, será facilitado pelo projeto de ligação rápida entre São Paulo e Guarulhos. O Expresso Aeroporto permitirá ao passageiro sair da Estação da Luz no centro da Capital e chegar ao destino em aproximadamente 20 minutos. A velocidade comercial poderá superar os 100 km/h. Já no início da operação, a expectativa é de que cerca de 20 mil pessoas utilizem o Expresso. A previsão de intervalos entre os trens é de 12 minutos, com redução para 6 minutos ao longo do período de concessão do projeto.

Duas estações terminais serão construídas, uma localizada entre Barra Funda ou Júlio Prestes e outra no próprio aeroporto. Essas estações deverão funcionar como plataformas exclusivas e balcões das companhias aéreas, para a realização dos "check-in" de passageiros com entrega de cartão de embarque e despacho de bagagem.

Rodovias

A concessão das principais rodovias que dão acesso à Capital permitirá maior fluidez no tráfego. Somente com a concessão da Rodovia Ayrton Senna, por exemplo, serão aplicados mais R$ 903 milhões na própria rodovia, nos próximos 30 anos.

Na Marginal Tietê, principal acesso aos futuros centros de treinamentos como Parque São Jorge e o Estádio do Canindé, o Governo do Estado aplicará R$ 1 bilhão com a construção de novas faixas.

Paralelamente a isso, a conclusão das obras dos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mário Covas, com investimentos estimados em R$ 9,2 bilhões, desafogará o trânsito nos principais corredores viários da Capital. Em curso, há investimentos programados de mais R$ 27 bilhões, além de outros R$ 11 bilhões referentes ao pagamento de outorga com o programa de concessão de 1.500 mil quilômetros de concessão.

Outro reforço em matéria de infra-estrutura vem com a recuperação de 12 mil quilômetros de estradas vicinais, num investimento total de R$ 4 bilhões.



Fonte: Secom
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